3ª feira, dia 20.09.2011
MYKONOS
Por causa do atraso na saída, passamos ao largo de Delos, onde deveríamos ter chegado de manhã cedinho. Mas à tarde já pudemos visitar Mykonos conforme programado, com seu comércio colorido nas ruelas brancas. Em cada esquina, um lugar mais lindo para se visitar, mar azul, céu claro e sol escaldante, que nada é perfeito demais. Um calor! Casas branquinhas, muitas capelinhas, calçamento de mármore, ladeiras e ruelas estreitas. O mármore não é sofisticação, é a pedra natural deste terreno. Paisagens inacreditáveis. Cada buganvilha mais colorida, todos os tons de vermelho e rosa! Tudo muito lindo: ao longe, mas bem visível, um casal nu na praia; uma capela com um sino a disposição de quem o queira tocar e muitas capelinhas espalhadas pelas colinas que cercam a cidade.
Depois, um monastério, exemplo da riqueza da arte bizantina. Uma igreja simples por fora e suntuosa por dentro. As paredes externas são de mármore bem claro, com inscrições e ornatos em relevo, tudo bem bonito e suave. Por dentro, muito ouro e cristais, traços que serviram de inspiração para a arte sacra ocidental que resultou no rococó, diz o guia - se é que entendi bem o seu inglês...
O monge zelador recomenda: quem entra na igreja, deve sair de ré, para não dar as costas ao altar. (Vejam o monge sentado ao fundo da foto)
Para completar, petiscos com licor de anis, num bar com mesinhas na varanda, na praça ao lado do monastério.
Mykonos é deliciosa. Na mitologia grega, aí foi o teatro da batalha de Hercules contra os Gigantes. Seu nome é uma homenagem a Mykon, filho do rei de Delos, neto do deus Apolo. Seus primeiros habitantes foram fenícios, egípcios, cretenses e, por fim jônicos. Sua história, semelhante à das outras ilhas gregas, depois do apogeu da Grécia Antiga, passou por diversas dominações, especialmente de Veneza e Turquia. Em 1822 os gregos expulsaram os turcos, mas só conquistaram sua independência em 1830. No século XX, entre a primeira e a segunda guerra mundial começou o fluxo de visitantes às ruínas arqueológicas de Delos e Mykonos, transformando essas ilhas no importante destino turístico de hoje.
4ª feira, dia 21.09.2011
KUSADASI - Éfeso/ Turquia.
Estamos no Mar Egeu que faz parte da bacia do mar Mediterrâneo, situado entre a Europa e a Ásia. Estende-se da Grécia, a oeste, até a Turquia, a leste. Ao norte, possui uma ligação com o mar de Mármara e o mar Negro através do Dardanelos e do Bósforo. O mar era tradicionalmente conhecido como o Arquipélago, ou "mar principal" devido a sua importância para os gregos. Por metonímia, o termo também se aplicava ao conjunto das ilhas do Egeu e, posteriormente, veio a designar qualquer conjunto de ilhas. (Wikipédia)
Atracado o Seven Seas Voyager ao Porto de Kusadasi, Turquia, visitamos Ephesus, localidade de onde o apóstolo São Paulo foi expulso porque chegou à cidade com sua mensagem que reprovava o culto aos deuses - e o povo de lá ganhava a vida fabricando imagens da deusa Artemísia em mármore. Foi para esse povo que Paulo escreveu as "epistolas aos efésios", no Novo Testamento. João, o evangelista, instalou-se nessa cidade turca, para onde levou Maria, pois tinha sido encarregado por Jesus de cuidar de sua mãe. Não sei como nem quando os idólatras desta terra foram convertidos, mas o culto a Artemísia foi substituído pelo cristianismo. Uma casa onde supostamente Maria pode ter morado é objeto de visitação turística e religiosa.
Percorremos um grande sitio arqueológico, com belas ruínas em mármore de templos, teatros, biblioteca e banhos públicos - uma lição de história e cultura. Na saída, um conjunto de cordas tocava belas melodias.
A realidade atual faz juz à fama de comerciantes que os turcos grangearam pelo mundo a fora. Junto às ruínas, uma feira ao ar livre, com lojas e barracas apinhadas de mercadorias de baixo custo, imitações variadas de objetos de desejo: relógios, bolsas, lenços, roupas. A profusão de mercadorias lembra bem Ciudad del Leste na nossa fronteira com o Paraguai, sem a ênfase nos eletrônicos...
Já nas proximidades do porto (foto), o comércio é simplesmente sensacional. Tem de tudo, do mais fino gosto ao mais puro cafona que facina o turismo cosmopolita. Adorei. Ainda bem que tenho muito peso na mala e pouco no bolso, para compensar a falta de juizo...
Na volta ao navio, passa-se por um belo free shop, grande e bem sortido, as mais legítimas e famosas marcas internacionais, em contraste com o mercado lá de fora.
Hoje é aniversário da Márcia e o objetivo primeiro desta viagem foi esta comemoração. Estou feliz de participar desta alegria, principalmente agora que conheço melhor e me encanto cada vez mais com a homenageada. Tivemos um jantar à altura da data, no restaurante Signatures - viva a Flora que tem iniciativa e bom gosto para programar um evento! Antes, na cabine do casal, a convite deles, brindamos com champagne - liquidando a garrafa com que o navio dá as boas vindas a seus hóspedes. (A minha está guardada no frigobar para uma ocasião apropriada, despedida, talvez...).
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