domingo, 23 de outubro de 2011

Diário de Viagem, P.03: MYKONOS e KUSADASI (Efeso)

Se você está entrando agora no meu diário, sugiro que comece da PRIMEIRA PÁGINA. Olhe ali, na coluna da direita, o índice do arquivo do blog e veja as postagens de outubro. Fico feliz de saber que você está aqui!


3ª feira, dia 20.09.2011
MYKONOS
Por causa do atraso na saída, passamos ao largo de Delos, onde deveríamos ter chegado de manhã cedinho. Mas à tarde já pudemos visitar Mykonos conforme programado, com seu comércio colorido nas ruelas brancas. Em cada esquina, um lugar mais lindo para se visitar, mar azul, céu claro e sol escaldante, que nada é perfeito demais. Um calor! Casas branquinhas, muitas capelinhas, calçamento de mármore, ladeiras e ruelas estreitas. O mármore não é sofisticação, é a pedra natural deste terreno. Paisagens inacreditáveis. Cada buganvilha mais colorida, todos os tons de vermelho e rosa! Tudo muito lindo: ao longe, mas bem visível, um casal nu na praia;  uma capela com um sino a disposição de quem o queira tocar e muitas capelinhas espalhadas pelas colinas que cercam a cidade.




Depois, um monastério, exemplo da riqueza da arte bizantina. Uma igreja simples por fora e suntuosa por dentro. As paredes externas são de mármore bem claro, com inscrições e ornatos em relevo, tudo bem bonito e suave. Por dentro, muito ouro e cristais, traços que serviram de inspiração para a arte sacra ocidental que resultou no rococó, diz o guia - se é que entendi bem o seu inglês...
O monge zelador recomenda: quem entra na igreja, deve sair de ré, para não dar as costas ao altar. (Vejam o monge sentado ao fundo da foto)
Para completar, petiscos com licor de anis, num bar com mesinhas na varanda, na praça ao lado do monastério.
Mykonos é deliciosa. Na mitologia grega, aí foi o teatro da batalha de Hercules contra os Gigantes. Seu nome é uma homenagem a Mykon, filho do rei de Delos, neto do deus Apolo. Seus primeiros habitantes foram fenícios, egípcios, cretenses e, por fim jônicos. Sua história, semelhante à das outras ilhas gregas, depois do apogeu da Grécia Antiga, passou por diversas dominações, especialmente de Veneza e Turquia. Em 1822 os gregos expulsaram os turcos, mas só conquistaram sua independência em 1830. No século XX, entre a primeira e a segunda guerra mundial começou o fluxo de visitantes às ruínas arqueológicas de Delos e Mykonos, transformando essas ilhas no importante destino turístico de hoje.


4ª feira, dia 21.09.2011
KUSADASI - Éfeso/ Turquia.

Estamos no Mar Egeu que faz parte da bacia do mar Mediterrâneo, situado entre a Europa e a Ásia. Estende-se da Grécia, a oeste, até a Turquia, a leste. Ao norte, possui uma ligação com o mar de Mármara e o mar Negro através do Dardanelos e do Bósforo. O mar era tradicionalmente conhecido como o Arquipélago, ou "mar principal"  devido a sua importância para os gregos. Por metonímia, o termo também se aplicava ao conjunto das ilhas do Egeu e, posteriormente, veio a designar qualquer conjunto de ilhas. (Wikipédia)

Atracado o Seven Seas Voyager ao Porto de Kusadasi, Turquia, visitamos Ephesus, localidade de onde o apóstolo São Paulo foi expulso porque chegou à cidade com sua mensagem que reprovava o culto aos deuses - e o povo de lá ganhava a vida fabricando imagens da deusa Artemísia em mármore. Foi para esse povo que Paulo escreveu as "epistolas aos efésios", no Novo Testamento. João, o evangelista, instalou-se nessa cidade turca, para onde levou Maria, pois tinha sido encarregado por Jesus de cuidar de sua mãe. Não sei como nem quando os idólatras desta terra foram convertidos, mas o culto a Artemísia foi substituído pelo cristianismo. Uma casa onde supostamente Maria pode ter morado é objeto de visitação turística e religiosa.
Percorremos um grande sitio arqueológico, com belas ruínas em mármore de templos, teatros, biblioteca e banhos públicos - uma lição de história e cultura. Na saída, um conjunto de cordas tocava belas melodias.

A realidade atual faz juz à fama de comerciantes que os turcos grangearam pelo mundo a fora. Junto às ruínas, uma feira ao ar livre, com lojas e barracas apinhadas de mercadorias de baixo custo, imitações variadas de objetos de desejo: relógios, bolsas, lenços, roupas. A profusão de mercadorias lembra bem  Ciudad del Leste na nossa fronteira com o Paraguai, sem a ênfase nos eletrônicos...


Já nas proximidades do porto (foto), o comércio é simplesmente sensacional. Tem de tudo, do mais fino gosto ao mais puro cafona que facina o turismo cosmopolita. Adorei. Ainda bem que tenho muito peso na mala e pouco no bolso, para compensar a falta de juizo...
Na volta ao navio, passa-se por um belo free shop, grande e bem sortido, as mais legítimas e famosas marcas internacionais, em contraste com o mercado lá de fora.



Hoje é aniversário da Márcia e o objetivo primeiro desta viagem foi esta comemoração. Estou feliz de participar desta alegria, principalmente agora que conheço melhor e me encanto cada vez mais com a homenageada. Tivemos um jantar à altura da data, no restaurante Signatures - viva a Flora que tem iniciativa e bom gosto para programar um evento! Antes, na cabine do casal, a convite deles, brindamos com champagne - liquidando a garrafa com que o navio dá as boas vindas a seus hóspedes. (A minha está guardada no frigobar para uma ocasião apropriada, despedida, talvez...).

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