29.08.2013
Pelas ruas de Viena
Felizmente o tempo amanheceu aberto, claro, sem chuva. O café da manhã
no hotel nos reuniu para as aventuras do dia. De novo fomos ao ponto de ônibus,
desta vez para explorar as ruas da cidade. Passamos o dia alternando caminhadas
e trechos de ônibus. Percorremos várias ruas observando os jardins, os monumentos
e os prédios. Impressiona-me principalmente o trânsito organizado o povo
educado, o uso intensivo de bicicletas nas
ruas planas (que inveja!) e bem pavimentadas.
Foto promocional do Quarteirão |
O espelho d´água pertence ao prédio do Ms Leopoldo |
Saindo desse mundo pós-moderno,
tornamos a mergulhar na velha Aústria, quando, ao parar na rua ao lado da
catedral, deparamos com as carruagens de aluguel, que servem para roteiros
turísticos pelo centro histórico de Viena. Essas carruagens são chamadas
“fiacres”, palavra de origem francesa que também se usa na língua portuguesa. A
voz no fone de ouvido conta uma curiosidade muito interessante: Esse nome foi
dado originalmente, por extensão, às carruagens de aluguel em Paris, pois elas
ficavam estacionadas na Rue de Saint Fiacre, vejam só! E esse nome ganhou o
mundo, pelo menos na Áustria e no Brasil!
Descemos do ônibus turístico na rua
dos fiacres e passamos pelo largo fronteiro à Catedral de Santo Estevão
(em português de Portugal é oxítona), belíssimo templo gótico, dedicado ao mártir morto na
época das perseguições aos cristãos pelos romanos. Aí me lembrei do Santo
Estêvão (prefiro paroxítona) Rei da Hungria da catedral de Budapest, cujo nome cristão fora
escolhido pelo Papa, em referência a esse mártir, atestando a conversão do
monarca ao cristianismo.
Chama a atenção pelo lado de fora, o telhado
colorido com desenhos geométricos como aqueles da Igreja Matias de Budapeste,
mais um sinal da histórica interação cultural e religiosa entre os povos da
região do Danúbio.
Foi nessa igreja que Wolfgang
Amadeus Mozart casou-se com Constanze Weber, no dia 4 de agosto de
1782.
Vale a pena ampliar a foto, para ver os ornatos em detalhe. |
Dentro da catedral, na parte mais próxima ao altar principal, ocorria
uma cerimônia à qual os visitantes não têm acesso, impedidos por um gradil de
ferro. Permanecemos nas partes liberadas aos turistas, ao fundo do templo, sob
o coro e o órgão. Aí fizemos nossas orações. Acendi velas em intenção dos
amigos queridos e de minha família, sendo uma especial pela saúde do bebezinho
nascido no Rio de Janeiro, na véspera, a Alicinha já tão querida.
Altar lateral com velas votivas |
Detalhe na fachada lateral da Catedral |
A Catedral de Santo
Estêvão, sede da diocese de Viena, Austria e uma das mais antigas catedrais do estilo gótico, está situada no
centro da cidade. Trata-se de uma obra mundialmente conhecida e um exemplo da
arquitetura do século XII. Foi reformada entre 1304 e 1433. Sua torre norte,
elevada à altura de 70 metros, foi renovada de acordo com a estética renascentista em 1579 e seu interior
adquiriu uma tendência barroca. Seu famoso sino, o "Pummerin", pesando não menos que 21 toneladas,
sofreu consideráveis danos na Segunda Guerra Mundial. Desde então,
depois de consertado, ele toca em ocasiões especiais e para
anunciar o novo ano.O órgão da Catedral, com seus 17.774 tubos e 233 registros,
é considerado o maior em uma igreja católica.(Wikipedia)
Do lado de fora da Igreja, a praça fervilha com turistas e gente
apressada nas atividades do dia a dia. Misturados a essa multidão estão os
agenciadores de espetáculos e concertos, como aqueles que conhecemos perto da Ópera no dia anterior.
Eles abordam os turistas e mostram as atrações do dia. Apresentam-se vestidos a caráter, como se vivessem na época de Mozart, uma obsessão dos vienenses.
Na borda da vasta esplanada à frente da igreja, são instalados vários toldos, com mesinhas e cadeiras para drinks ao ar livre. A partir daí começa uma região de comércio que se estende pelas ruas vizinhas. Visitamos algumas lojas de grifes universais e paramos em um dos quiosques, para um suco gelado e descanso. O sol forte pedia sombra e água fresca. Fez muito calor nesse dia.
Eles abordam os turistas e mostram as atrações do dia. Apresentam-se vestidos a caráter, como se vivessem na época de Mozart, uma obsessão dos vienenses.
Na borda da vasta esplanada à frente da igreja, são instalados vários toldos, com mesinhas e cadeiras para drinks ao ar livre. A partir daí começa uma região de comércio que se estende pelas ruas vizinhas. Visitamos algumas lojas de grifes universais e paramos em um dos quiosques, para um suco gelado e descanso. O sol forte pedia sombra e água fresca. Fez muito calor nesse dia.
Ary tinha combinado encontro com o filho de um amigo austríaco
que mora no Brasil. Esse moço - sinto, mas esqueci seu nome - que tem
especialização universitária em confeitaria, foi criado no Brasil e
está radicado em Viena, onde trabalha numa rede de padarias como confeiteiro. Depois que ele chegou, nosso grupo se dividiu, uns para as
compras e nós, guiados pelo amigo austríaco, fomos ao restaurante Müller que serve cardápio internacional e comidas típicas. Devemos a ele uma experiência gastronômica singular. O
prato indicado era um filé de porco empanado, um grande bife à milanesa
cujo tamanho ocupa toda a área do prato, sobrando pelas bordas. Pena que não fotografei!. Outra especialidade, do mesmo tipo,
é o vitelo empanado, minha escolha. Tudo
muito gostoso - vale a pena experimentar.
Museu Casa de Mozart |
Depois do almoço, aproveitando a proximidade, fizemos uma visita ao
Museu Casa de Mozart, situado num prédio de apartamentos adaptado para abrigar o museu, onde Wolfgang Amadeus Mozart residiu de 1784
a 1787. Com os benditos fones
de ouvido, em espanhol ou inglês, é possível fazer uma viagem pela vida e o ambiente político e
cultural em que o grande compositor viveu. Não sei se por falha minha, mas
achei tudo muito enfadonho, com foco mais nas personalidades políticas da época
do que propriamente na figura do maior músico de que a Áustria pode se
orgulhar. A parte mais interessante refere-se à descoberta do talento precoce do menino, à sua infância e ao orgulho do pai pelo
filho, reconhecido e aplaudido pela
própria Imperatriz.
Mozart menino, Greuze/1763 |
Saindo dali, Ary e Márcia se dispuseram a visitar a Galeria Albertina, que, segundo a Wikipedia é "um museu de arte de Viena, na
Áustria, dedicado à preservação e divulgação de uma das mais importantes
coleções de artes gráficas do mundo."
Ruth, Flora e eu preferimos deixá-los e encerrar as atividades turísticas do dia. Tomamos
um taxi e fomos para o hotel. Ali chegando, fizemos ainda um pequeno passeio
pelo quarteirão, para olhar vitrines de modas e vasculhar novidades numa loja de cosméticos com toda variedade possível de cremes e loções, maquiagem,
instrumentos de vaidade em geral. Ótimas companhias, tudo na calma e sem
pressa.
À noite, farra de gente comportada no restaurante do Hotel Regina: a turma reunida em torno de bules de chá, torradas e queijo camembert. Depois, a última noite no mini apê.
Amanhã, vamos nos encontrar às nove horas, já de café tomado, para mais uma etapa da viagem. O destino é Praga, (Prague, Praha), capital da
República Tcheca.