Primeiras notas da viagem.
17 e 18 de maio - 2014.
17 e 18 de maio - 2014.
Desde fevereiro nos preparamos para essa viagem. Documentos, contratos com agência, seguro, mapas e informações do Google, câmbio e malas prontas! Tudo em ordem, até mesmo o passaporte renovado. Movida pela curiosidade de conhecer mais um naco da antiga Cortina de Ferro no leste da Europa, lá vou eu!
O roteiro, cuidadosamente preparado, nos levaria da Polônia à Rússia, via Lituânia, Letônia, Estônia e Finlândia. Todos esses são países bálticos, ou seja, banhados pelo Mar Báltico, como se vê no mapa.
Tudo começou com um convite da minha prima Elayse para uma viagem planejada por sua filha Tucha e o genro Gui. Ela não sabia, mas
eu digo e repito que, se pessoas queridas me convidam, eu aceito. E nunca me arrependo, pois tenho tido muita sorte com as
companhias e os destinos das viagens. E neste caso, não foi diferente.
Moramos no mesmo bairro, portanto pudemos sair
juntos em um só carro que apanhou cada um em sua casa: uma Doblô com espaço suficiente para 4 passageiros e as bagagens. Era um sábado de manhã, bem cedo. Confins, Guarulhos, Polícia Federal, e - após um dia inteiro no aeroporto de São Paulo - lá fomos nós pela KLM, para chegar à Europa por Amsterdam. Ótimos filmes a
bordo, um jantar delicioso que me reconciliou com o cardápio de voos na classe
turística, sono entrecortado como sempre e um café da manhã incrível. Viva a
aviação comercial holandesa!
Os relógios do aeroporto, na chegada, marcavam cinco horas a mais do que o meu. Cinco fusos vencidos em uma noite.
Foi pouco o tempo de permanência no aeroporto de
Amsterdam para podermos dizer que estávamos na Holanda, mas todas aquelas
prateleiras de free shop com seus bonequinhos típicos e tulipas em profusão não nos deixavam duvidar. Tulipas são lindas e multicoloridas mas assim, expostas nas lojas, parecem artificiais – tão certinhas
e iguais! Um dia vou voltar para vê-las plantadas na terra, ao sol
e ao vento, quem sabe mais vivas...
Dali seguimos para Varsóvia, dentro do mesmo fuso e lá chegamos à tarde, domingo, dia 18. Estamos na Polônia, cenário e protagonista de tantas
histórias de dor, heroísmos e glórias. Varsóvia, sua capital, localiza-se no vale do rio Vístula
e é sede episcopal tanto da Igreja Católica como da Igreja Ortodoxa.
Após pequeno descanso no Hotel, saímos para uma
volta de reconhecimento. Andamos pelas ruas da cidade antiga e entramos na
Catedral de São João, do século XIV. Simples e bonita. As Igrejas, muito numerosas, estavam movimentadas
pelas missas de domingo e as ruas animadas, pois neste lado do mundo, qualquer
resquício de sol é festejado e aproveitado ao máximo. Ninguém quer ficar
fechado entre quatro paredes quando existem praças e bares ao ar livre, à luz
do dia que se faz longo neste fim de primavera.
Quando a noite caiu lentamente, perto das 22 horas, entramos num restaurante
muito simpático para jantar. “U Fukiera”, indicado pela guia que nos buscara no
aeroporto, é acolhedor, mesa bem posta e requintada, atendimento um pouco
demorado, porém gentil, comida e vinho excelentes. A sopa cremosa e rosada (de beterraba!) é linda e de sabor inacreditável. Muitas bugigangas e flores cuidadosamente dispostas compõem o ambiente elegante de uma decoração bastante original. Começamos com o pé
direito. Na tarde seguinte até voltamos ao local para fotografar, à luz do dia, a fachada - bem espalhafatosa, como se vê - desse
restaurante realmente especial. Só com ele já gastei quase todo o meu repertório de adjetivos!!!
Na volta de táxi ao hotel, foi incrível o papo do Gui com o motorista. Um não falava nada de inglês e o outro nem uma palavra de polonês, mas conversaram o tempo todo! É bom nem querer saber se eles se entendiam, mas conseguiram impressionar, ah, com certeza!
Na volta de táxi ao hotel, foi incrível o papo do Gui com o motorista. Um não falava nada de inglês e o outro nem uma palavra de polonês, mas conversaram o tempo todo! É bom nem querer saber se eles se entendiam, mas conseguiram impressionar, ah, com certeza!